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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Left right.

Então?
Tudo bem?
Não?
Porque?
Porque me repito?
Não sei?
Pois não.
Até quando o meu porte altivo e jovem se inclinar para um vazio desconhecido
eu vou-me perguntar,
Onde estás tu?
Onde queres estar?
O que faço aqui?
O que faço eu?
Sou uma mera observadora.
De tudo o que outrora fora belo.
E agora ficou completamente coberto de verde morto,
Como os teus olhos.
Se calhar estou enganada,
E tu ainda vives
E eu ainda luto pela vida que outrem me tirou.
Ou talvez eu seja mais um zombie que caminha parado.
Que corre deitado.
Cheio de ilusões,
daquilo que outrora foi,
e que como o seu reflexo turvo na superfície de um lago abandonado,
já não come, já não se mexe.
Pura sanguessuga do passado,
remexe comigo e deixa-me aqui,
deitada e com ilusões de campos férteis e verdejantes.
Oh mas que sina a minha, quanto mais me esforço, mas caio e me vejo a curvar perante o que tu consegues e eu não.
Já não sou capaz, já devia ter percebido isso.
Os erros que cometi não me perdoaram.
Nem o tempo curou as feridas, nem tu as viste a sangrar.
Ignoraste a criança que te pedia ajuda.
Viste o meu coração,
e na confusão que viste, decidiste que ias aproveitar.
Para me esquartejar. E fazer gritar em completo, e pleno silencio.
Shhh, ainda ouves o mar?
Pois... Eu já não.

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