Bela dama,
Escrevo aqui tudo o que o vento me sussurrou,
E tudo o que um dia um belo carvalho me disse,
Entre lutas e amores,
Desesperos e louvores.
Comparo vossa alteza a uma flor, porque me parece correcto e leal dizer que,
As pétalas delas me fazem lembrar o seu cabelo, liso e solto e que apenas a musica poderia descrever numa totalidade,
Também irei afirmar que, a sua forma fina e delicada, me faz lembrar o seu corpo, digno de poemas mil,
E que nem que todas as rosas e lírios fossem reunidos e fundidos num só,
Lhe fariam frente, pois a sua beleza não é digna de confronto algum, porque como está claro, não tem igual.
Mas quem sou eu, esta criatura indigna sequer de falar sobre vós, cuja superioridade jamais alcançarei.
Que honra em ter palavras sobre vós na minha mente, capazes de descrever ¼ daquilo que sinto por vós, minha princesa.
Aqui me fico, e com grande pesar digo que lutarei ao seu lado, mas que me sinto indigna de tal.
Espero no entanto, que um dia me veja como algo mais digno. Como algo mais belo do que apenas esta criatura de natureza maléfica.
E como luzes que se apagam no escuro da minha apertada câmara, eu a vejo a si, ao longe, a chamar por mim. Mas nada posso fazer. Pois a minha mão não foi feita para segurar a sua, que de longe se destaca como sendo pura e bela.
Não, não o digo para a magoar, ou para a fazer sentir-se mal. Digo sim, porque sei o que se esconde dentro de si, e tive a honra de conhecer todo o seu ser interior. E de quanta luz eu vi, não pude memorizar nenhuma, pois dentro de mim já não havia memória para a luz, quando o quarto escuro não tinha lâmpadas.
E com uma dança rápida de um adeus brusco, eu me fico por aqui.
Com grande tristeza reconheço o meu ser horrendo.
E com grande alegria lhe anuncio que não planeio deixa-la.
Espero que dentro de tudo o que eu sou, ainda haja algo de iluminado que a possa ajudar.
sábado, 4 de julho de 2009
Bela Dama
Publicada por Violet à(s) 08:08
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