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sábado, 4 de julho de 2009

Bela Dama

Bela dama,
Escrevo aqui tudo o que o vento me sussurrou,
E tudo o que um dia um belo carvalho me disse,
Entre lutas e amores,
Desesperos e louvores.

Comparo vossa alteza a uma flor, porque me parece correcto e leal dizer que,
As pétalas delas me fazem lembrar o seu cabelo, liso e solto e que apenas a musica poderia descrever numa totalidade,
Também irei afirmar que, a sua forma fina e delicada, me faz lembrar o seu corpo, digno de poemas mil,
E que nem que todas as rosas e lírios fossem reunidos e fundidos num só,
Lhe fariam frente, pois a sua beleza não é digna de confronto algum, porque como está claro, não tem igual.


Mas quem sou eu, esta criatura indigna sequer de falar sobre vós, cuja superioridade jamais alcançarei.
Que honra em ter palavras sobre vós na minha mente, capazes de descrever ¼ daquilo que sinto por vós, minha princesa.
Aqui me fico, e com grande pesar digo que lutarei ao seu lado, mas que me sinto indigna de tal.
Espero no entanto, que um dia me veja como algo mais digno. Como algo mais belo do que apenas esta criatura de natureza maléfica.
E como luzes que se apagam no escuro da minha apertada câmara, eu a vejo a si, ao longe, a chamar por mim. Mas nada posso fazer. Pois a minha mão não foi feita para segurar a sua, que de longe se destaca como sendo pura e bela.
Não, não o digo para a magoar, ou para a fazer sentir-se mal. Digo sim, porque sei o que se esconde dentro de si, e tive a honra de conhecer todo o seu ser interior. E de quanta luz eu vi, não pude memorizar nenhuma, pois dentro de mim já não havia memória para a luz, quando o quarto escuro não tinha lâmpadas.

E com uma dança rápida de um adeus brusco, eu me fico por aqui.
Com grande tristeza reconheço o meu ser horrendo.
E com grande alegria lhe anuncio que não planeio deixa-la.
Espero que dentro de tudo o que eu sou, ainda haja algo de iluminado que a possa ajudar.

Prece

Onde estas?
Onde te escondes?
Não te vejo!
Embora eu ache que estas perto,
sei que estas longe.
Mais longe do que eu pensava estares.
Eu amo-te...
Onde quer que estejas....
Quem quer que sejas,
faz-me feliz.
Nem que seja por um segundo,
A dor que sinto é demasiada.
Salva-me.
Vejo tanta felicidade que me lembro que não tenho ninguém para amar.
Tristeza a minha, tamanha.
Monstruosidade, quero ser a Julieta,
e tu, meu Romeo, vem encontrar-me.
Mas não morras, não aqui, não nunca.
Fica ao pé de mim,
e ajuda-me.
Quem quer que sejas.
Onde quer que estejas.
Volta.
Faz-me sentir viva de novo,
que tu sejas o meu ar e eu seja o teu.
Que cada segundo que passamos juntos seja para sempre gravado na memoria da historia,
pois tamanho amor nunca se vira.
Que a inveja percorra os casais vizinhos quando te virem dar-me uma rosa.
Que ate a lua me inveje, por te ter a ti. E só a ti.
Que o sol se queime a si próprio de tanta ternura ardente que tens por mim.
Mas que sonho serás tu, que sonho mais belo.
Mas apenas isso, um sonho.
Ficarei a espera?
Rogarei eternamente as estrelas para te trazer até mim?
Sim.
Mereço ter-te, mereço amar-te
Depois de tantos enganos,
acho que mereço.
Acho mesmo que sim.
Por isso faço uma prece, as minhas adoradas estrelas, que te tragam ate aos meus braços,
e te façam ficar ate que o eterno chegue.
Peço-vos, rogo-vos.
De joelhos, ou de rastos.
Ajudai-me.
Levai o meu tão estranho conhecido até aos meus compridos braços.
Sim, sei que é impossível.
E que até parece que sou louca.
Mas se tivessem passado por tudo o que passei e passo.
Os loucos seriam vocês.

Romeo.

Oh Romeo
Que estrelas roubaram o brilho intenso dos teus olhos?
Que chama te roubou o fogo fugaz do teu beijo?
Que malvadez efémera desceu sobre ti,
para levares a boca tal bebida detestável?
Acorda do teu sono Romeo! Como eu acordei do meu!
Tanto tempo esperei por ti, não se me escapes por entre as minhas devotas mãos assim!
Peço-te, volta!
Tu, se é que te posso chamar deus, porque não cuidas-te dele?!
Porque não o fizeste viver até que eu acordasse de novo para tocar o seu cabelo!
Tu, sim tu! Redime-te dando-me a honra de me juntar a ele, e viver com ele a maior das aventuras.
Oh, mas que fortuna a minha neste momento de puro azar!
Uma adaga! Uma bela e afiada adaga! A dama de honor que me ira levar ao altar da morte, para me juntar ao meu Romeo.
Darei tudo por ti meu amor, pois fizeste o mesmo por mim.
...Por fim descansarei livre ao teu lado.

Por Ti

Cada rosa que murcha
Cada lágrima que derramo
Cada nuvem carregada de negro
Cada pedaço de vidro partido
Cada pedaço de vida abandonada
Cada lixo moribundo
Cada movimento
Cada respiração
Cada sorriso
Cada bater de coração
Cada luz que se acende
Cada musica que se afasta num crepúsculo
Cada marca que marca
Cada doença que me ameaça
Cada ladrão que rouba
Cada animal que nasce
Cada folha que se mexe com o doce e nobre vento
Cada chama viva e alegre que luta
Cada reflexo num espelho alheio
Cada dor que eu sinto
Cada pena que cai do seu berço
Cada flor que espreita timidamente o sol da manha
Cada gota de orvalho que seca
Cada grito
Cada minuto
Cada segundo
Chamam por ti.