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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Culpa Iluminada

Porque não, não me sinto culpada,
Apenas Iluminada por ti.
Tenho a resposta,
coberta por doenças.
Vejo o meu destino,
Distorcido.

Meu anjo salvador,
Porque és malvado?
É porque cometi pecados?
Porque te ignorei durante tanto tempo?
Põe-me a dormir.
Embala-me nas tuas asas de veludo negro.
Onde a minha respiração é cortada e encurtada.

Olha para mim, meu amor.
Quero ver o meu reflexo nos teus olhos,
Para saber que sou real.
Meu anjo Negro,
Porque é que não me das a tua mão?
Negra como um falcão.
Fria como um trovão.
Que me faz voar e sonhar,
neste mundo de tristeza,
Posso dizer que vi a luz
Negra.

Não me deixes morrer aqui,
Ajuda-me a sobreviver aqui.
Neste dia sem fim.
Em que o Apocalipse não parece chegar.
Eu acredito que nada
podia ser pior
que esconder o meu caminho
Para poder encontrar o meu caminho seguro.

Anjo Negro,
Abraça-me
Beija-me
com os teus lábios de pérola.
Abre os meus olhos
Acorda-me do meu sono eterno.
Acredito nos teus olhos,
Por isso olha para mim.

O teu cabelo
Que longo é
cheira a maresia extinta.
A tua pele derrete o meu Sol
Sobrando apenas a minha Lua.
Mas não apagas-te as estrelas,
Porque?

Estas ai?
A espera de mim?
A imaginar o fim?
Com esperança de um sim?
Rende-te aos meus braços.
Já me rendi aos teus.
Apaga a luz dos meus olhos.
Apaga todo o meu calor inexistêncial.
E guarda-me no teu túmulo.
Onde até os anjos querem entrar.
Onde apenas existes tu,
e onde eu não posso estar.